segunda-feira, 25 de junho de 2012

Há uma gaita...
...rouca, insistente, oscilante.

De sons densos, fibrosos. De trama forte.

Suas notas vibrantes são fios de prata
que riscam o universo de um jeito quase infantil,
focadas em pontos específicos
mas com linhas desajeitadas e imprecisas..

São ruídos, 
riscos,
cujas luzes explodem as pupilas do mundo.

Não sei. Explodo.

E de repente nem é música
e de repente é só grito
ou só rasgo.

De repente é um galho brotando, de repente é o infinito.


*sentimento crocante/cortante/concentrado*
Gaita na garganta, gaita em meus olhos, gaita no meu peito.

.Rouquidão.




segunda-feira, 11 de junho de 2012




























Mas por mais bela que seja,
Cada coisa tem um monstro em si suspenso.

Sophia de Mello Breyner Andresen, "Obra Poética I", Editorial Caminho, 1999

http://conversacoescomdmitri.blogspot.com.br/2012/06/diario-dos-mesmos-pesares-16.html



sexta-feira, 8 de junho de 2012

"primeiro estranha-se..."
























Viver é muito estranho.
Quando será que vou me acostumar?
Tá ficando meio assustador... 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Auto-retratos?




































Um cachorro
Um cachorro filhote
Um cachorro filhote sozinho
Um cachorro filhote sozinho que acabou de acordar
Um cachorro filhote sozinho que acabou de acordar com fome

Confusão gigante na cabeça do coitado.



eclipse oculto


Minha mais nova conclusão (precipitada?):
Viver é enganar-se. Ser enganado. 
Estão te fazendo de otário nesse momento.
Há sempre alguém tentando te passar pra trás... Todo dia, ao menos uma pessoa no mundo mente pra ti. 
Te omitem coisas. Distorcem, manipulam. Inventam...
A verdade é que não sabes a verdade, pois verdade não há e há muitas.
Engana a teu próximo como engana-te a ti mesmo, é o que se aprende quando se torna adulto.
O que há por trás de todos esses véus? Como seria se nenhum véu houvesse?
Até que ponto esse fingimento generalizado é algo natural ou apenas um meio de sobrevivência nessa selva de máscaras?