quarta-feira, 29 de agosto de 2012

entranhas

Entre cãibras e espasmos, lapsos e colapsos, gritos e sussurros.
Entre aspas.
Entrelinhas.
Entretanto.
Entre tanto...
Estar entre.
Entrar.
Entranhar.

domingo, 26 de agosto de 2012

Numa tarde qualquer em frente ao rio












Havia uma mulher, com fones nos ouvidos - sozinha. Parecia triste.
Havia outra que, deitada no chão - sozinha - gritava com o ar, sacudia os cabelos, sorria desesperadamente. Parecia louca.
E havia - sozinha- eu.

Em comum entre nós, além do nosso egoísmo, todo o resto.











segunda-feira, 20 de agosto de 2012

acabou chorare

























fez zum zum e pronto.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Seu mal são essas nuvens nos olhos.
Tem problema de céu na vista.
Ainda vai morrer disso,
coitada.

sábado, 11 de agosto de 2012

incoerências de dias débeis



Minha rua tem cheiro de pão às 04:30,  às 15:30 e às 21. Aquele bolo de ontem, incrivelmente delicioso, acabou, acabou mas não deixa minhas papilas gustativas em paz. E agora tem um prédio que me impede de ver a lua da calçada. Grudei um chiclete no meu coração sem querer. Tive sensações pré-desmaio duas vezes nesta manhã. Meu bolso tá manchado. Preciso andar de bicicleta. Idéia fixa. Me sinto doente. Preciso precisar de alguma (outra) coisa.




segunda-feira, 6 de agosto de 2012

sobre um "sei" oculto que paira.

 
Abro os olhos e SEI.

 
Acordo com a suave sensação (ou seria sentimento?) de que SEI, simplesmente. Sensação esparsa, diluída, tranquila...Não sei exatamente a que frase ele (o "SEI") pertence. Se vem casado com combinações de palavras como: "o que fazer", "o que está acontecendo", "o que é isso tudo", ou se precede um ponto de interrogação grande e transparente entre parênteses...

É um sei difuso, macio e expandido. É invisível, mas o sinto como se inscrito com letras garrafais, não só em mim, mas em toda parte ao meu redor, como um sutil campo de uma força neutra, nem positiva nem negativa.



Sinto lábios ocultos que me sorriem calmos e a mim sussurram: "SABES..."
Há resignação e paz borrifadas no ar.
Talvez alguma certeza tenha sido soprada a mim num sonho.
Talvez seja a certeza de que SOU, e que por SER, necessariamente, o eixo -mesmo que torto e frágil- desse SOU, SABE... SABE alguma coisa importante, algum mistério, alguma resposta...
Ou que SABE, simplesmente.

***

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Esse blog tá cada vez mais ridículo. Perdi meu senso estético em alguma curva em alta velocidade no meio do caminho. Ou me dou agora de cara com o fato de que nunca o tive... Enfim, preguiça de ajeitar, preguiça de se mexer, preguiça de viver. Tem uma preguiça gigante me imobilizando nesse instante, esse texto, por exemplo, escrevi por comandos telepáticos. É o máximo de esforço que sou capaz de fazer no momento... Tchau.