quarta-feira, 4 de março de 2015

Devaneios madrugados


Tenho lembrado de meus sonhos noturnos. 
Talvez a calma, talvez a alma...
Algo sossegou, algo é agora sereno. Amanheceu será?
Creio que não... Madrugou, apenas.
Essa tranquilidade é de sono e preguiça de acordar (?).
Tranquilidade de fuga, de não querer ver (?).
Que seja, ao menos, que seguir nessa estrada pedregosa não é assim fácil.
Passar voando alto às vezes calha.

Até que chegam outros dias, outras tardes, outras noites, outros outros...
Chegam novas madrugadas, novos madrugares, novas coisas velhas, mente que não cessa, questionamentos intermináveis, dores nas costas, inércia, espasmos, cãibras.
Coração erradio, buracos negros, meia-noites e quintessências, seres e sentires em expansão.
Quasares "pulsando lôa"s. Eu, pequena-grande, infinitesimalmente infinita.

Flashbacks de momentos vindouros pingando a todo momento na bica da alma.
Flashbacks de futuros vividos fazendo lodo nos becos do coração.
E o que de fato já passou, insiste em passar pra sempre, insiste no infinitivo, insiste em me visitar. Insiste, insiste...

Amanheço aqui dentro e acordo da falsa sensação de sossego.
Nada passou, tudo está aqui. Tudo vem e vai.
"Tudo" é uma coisa que pesa e cansa.
"Tudo passa." Sim, tudo passa, passa mas não vai embora, passa por mim a toda hora.
Passa e me arranca o que é sereno, passa e me tortura os olhos de dentro.

Sim, "tudo passa", passa mesmo, até demais, não para de passar e quando passa, me leva junto.

terça-feira, 3 de março de 2015

Sonhos intranquilos...


Carla Antunes - sonhos intraquilos



...um dia desperto.