sexta-feira, 31 de julho de 2015

distrações



Eu entendo os inábeis. Entendo os inertes. Ás vezes a gravidade da Terra pesa demais... E ela se soma aos campos gravitacionais que cada ser possui. Muitas energias. Confluências. Pulsões.
Sofro de um certo mal de ter necessidade de acreditar que sofro de algum mal. Às vezes parece que todos sofrem disso. Mas "todos" é uma palavra muito pequena para que nela caibam os sete bilhões de humanos desse planeta flutuante.

Flutuante... É a minha natureza. Mudança... Há uma ânsia imensa por mudar. O mundo é tão complexo, e eu aqui me apoiando em esteios com os quais pretendo a "desconstrução", a "transgressão", a "subversão"... Muitas coisas. Que diabos elas realmente são? Corações, desejos, missões. Cria-se tanta expectativa. Gera-se tanta frustração. Até onde se pode afinal? O que significa realizar?

Outro dia, em meio ao paraíso me veio o lampejo: "será que a dureza do deserto torna o oásis irreal?" Será? Até onde me levará essa busca obcecada por oásis diante das secas verdades do deserto? Que tanta vontade é essa de engolir as exceções e delas se alimentar ? Que tanta distração... No que isso me torna(rá)?

Se bem que para algo ser considerado distração há de se levar em conta um outro algo mais importante que mereça a atração maior, que seja o merecedor das atenções todas... E quem pode decidir que algos são esses? Se eu puder escolher o que merece atenção, se eu puder determinar isso, serão mesmo distrações todos esses meus passos? 




 ♫♪♫...