passei por aquela praça,
lembrei do que nunca existiu.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
E se
E se eu tiver me perdido num espaço entre a melodia de uma música, umas páginas tristes de Fernando Pessoa, o arrastar dos meus pés por calçadas cheias de pó e o deslizar de minha sombra na aspereza dos muros?
E se eu tiver ficado numa rua vazia por onde passei, nos olhares ocos que encarei ou na bicicleta que vi passar levando o casal de velhinhos?
E se eu tiver acompanhado a parte do lápis de cor que vai pro lixo quando apontado? E se o vento tiver me levado? E se eu tiver ficado presa num outubro que nunca vai ter fim?
E se eu tiver ficado numa rua vazia por onde passei, nos olhares ocos que encarei ou na bicicleta que vi passar levando o casal de velhinhos?
E se eu tiver acompanhado a parte do lápis de cor que vai pro lixo quando apontado? E se o vento tiver me levado? E se eu tiver ficado presa num outubro que nunca vai ter fim?
domingo, 13 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
desatar o nós
No nada, a nau frágil afunda segue. Tudo se esvaindo pelo ralo.
-águas revoltas-
maremotos e naufrágios,
mares mortos e nós frágeis
-desatar-
nós
naus, frágeis,
mares
e mortos.
-águas revoltas-
maremotos e naufrágios,
mares mortos e nós frágeis
-desatar-
nós
naus, frágeis,
mares
e mortos.