terça-feira, 8 de maio de 2012


Então é isso (!?),  não importa o quanto a humanidade já te surpreendeu, quão boquiaberta já te deixou, as pessoas ao teu redor ainda vão te surpreender com algo feito da matéria mais inesperada, algo assombrosamente alheio a tua vida, algo novo de fato, feito do escuro mais escuro que o desconhecido mais longínquo pode te mostrar, algo -contraditoriamente- estupidamente óbvio em se tratando de seres humanos. Será? Não consigo imaginar até onde vai o fundo do fundo da feiura que uma alma pode ter...

A gente vive, vive, vive, vive que só, só pra entender que os clichês estão quase sempre certos, que aqueles lugares-comuns, dos mais comuns, não passam de verdades. Que aquelas frases todas que foram repetidas a exaustão por toda a sua árvore genealógica, por todos os sábios e ignorantes que a humanidade criou, por todos os porres nos bares, os professores na escola, os molequinhos nas ruas, os avôs em suas cadeiras de balanço, os motoristas de taxi, os melhores amigos, os livros, enfim que todas essas palavras proferidas em looping por essas bocas todas da vida, simplesmente têm razão. Nessa hora caem umas gotas grossas de desânimo na testa.

Ah não! Por favor! Por favor! Por favor! Improvável, impossível do universo, seja lá o que for, venha do infinito pousar na minha frente e me provar que a vida e as pessoas não são tão óbvias assim. Vem logo!