Há uma energia que desde que nascemos nos impulsiona à conexão com as pessoas. Existir, nos
contextos humanos, é, em muitos casos, uma violência. Comumente, somos levados por essa
violência a nos tolir do desejo que nos acompanha de buscar conexão, por sentirmos a dureza
da ausência e da negação desse atrelamento. Encontramos, muitas vezes, subterfúgios para
furgirmos, mas o fazemos justamente por ser tão forte- consciente ou inconscientemente- a
necessidade dessas ancoragens de existências. Independente das conjunturas, o amor é sempre ponte,
ligação. E é sobre isso que o filme Entre Casais, de Will Alvez, fala, mesmo sem fala alguma.