segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

visitas

Há um feixe de luz que às 17 horas me visita. Forte, alaranjado, concentrado, certeiro e bonito. Vem de fora, cortante, invade a casa e divide o caminho por onde passo. Pauso. Tento tocar sua etérea materialidade. Ele me toca, me contorna. Sorrio, o transpasso e sigo.

Há uma escuridão que me visita -sempre. Não entra pois que é dentro. Ela preenche todo o ar, assim me abraça confortavelmente... É bela. A admiro. A contorno. Dançamos. Dormimos. Sorrimos, ela me transpassa e fica.